
Câmera de vídeo ou filmadora é um dispositivo dotado de mecanismos que captura imagens em tempo real. Diferentemente da câmera fotográfica, a câmera de vídeo é capaz de registrar movimentos, trazendo assim uma maior dinâmica ao resultado final da produção.
Em 1890 Etienne-Jules Marey inventou o "fuzil fotográfico", um instrumento composto por um disco com orifícios capaz de captar uma imagem a cada passagem, a uma velocidade de doze frames por segundo, todos registados numa única imagem. Em 1889, o assistente de Thomas Edison, William Dickson, inventou um sistema de engrenagem para uma tira de 15m de película de celulóide.
O cinetoscópio de Edison, patenteado em 1891, permitia a observação através de um furo, e foi o precursor de todos os subsequentes aparelhos de filmar, passando a largura do seu filme para 35mm a ser considerada internacionalmente.
Em março de 1895, organizaram um evento nas dependências da Sociedade Francesa em que projetaram para uma pequena plateia o filme "A Saída dos Operários da Fábrica Lumière". Apesar de ser uma curta apresentação de sessenta segundos, a primeira "produção cinematográfica" dos irmãos foi seguidamente exibida em diversas reuniões públicas, até chegar ao grande público em dezembro daquele mesmo ano.
VHS
Algumas empresas como a alemã ARRI (Arnold e Richter Cine Technik), a americana Mitchell começaram a aparecer no início da década de 20 e criaram um mercado que logo seria um dos mais movimentados da indústria.
As gravações em fitas magnéticas foram de grande importância para a indústria televisiva nos anos 50. Vinte anos depois, esse tipo de gravação por meio dos videotapes recorders (VTRs) deixavam de ser utilizadas apenas por ambientes profissionais e começavam a ser usadas de forma caseira. E com essa chegada do home video, os negócios de televisão e filmes foram afetados.
No início dos anos 70, uma equipe para desenvolver um VTR direcionado ao uso caseiro foi montada por dois engenheiros da JVC (Victor Company of Japan), Yuma Shiraishi e Shizuo Takano.

Videocassete
Em 1974, o Ministério do Comércio e da Indústria Internacional japonês estava tentando forçar a indústria japonesa de vídeo a padronizar um único formato de gravação caseira, sendo assim, foi persuadido pela Sony para adotar o seu formato Betamax. Para evitar que a MCII adotasse o Betamax, a JVC, que acreditava que um padrão aberto, com o formato compartilhado com a maioria dos competidores sem o licenciamento da tecnologia, era melhor para o consumidor, procurou convencer outras companhias, em particular, a Matsushita, a aceitar o VHS, para competirem contra a Sony e o MCII.
Essa colaboração entre a JVC e a Matsushita conseguiu persuadir outras empresas, como a Hitachi, Mitsubishi e a Sharp a colaborar com o padrão VHS. O lançamento do primeiro videocassete de fitas Betamax lançado no mercado japonês em 1975 colocou mais pressão na MCII, mas a colaboração da JVC com seus afiliados foi muito maior, e fez com que a MCII assinalasse um padrão para a indústria.

O início do declínio do mercado de VHS foi provocado pela entrada do formato DVD no mercado americano em 1997. Diversos varejistas nos EUA e na Europa anunciaram que pararam de vender os equipamentos de VHS em 2004, 2005 e 2006. Apesar da descontinuação do VHS nos Estados Unidos, os gravadores de VHS e as fitas virgens continuam a ser vendidas em lojas de outros países. Sabendo o uso contínuo do VHS, a Panasonic anunciou o primeiro leitor a tocar VHS e Blu-ray simultâneos, em 2009.
Filmadora e sua Atualidade
Hoje em dia, as filmadoras estão presentes no nosso dia a dia em cada momento e em cada parte, seja em câmeras de segurança ou até mesmo nos nossos smartphones, que já são capazes de realizar gravações em 4K e com ótimas resoluções.
No cinema por exemplo, câmeras velozes (de muitos quadros por segundo) são utilizadas para gravar vídeos cujas frequências são reduzidas na pós-produção, gerando o famoso efeito de câmera lenta, sem que a imagem se mova "aos trancos".
A evolução dos equipamentos eletrônicos fabricados em larga escala tornou a câmera de vídeo um grande atrativo tecnológico, barateando substancialmente seu valor. Hoje encontram-se vários tipos de mecanismos com preços competitivos, possuindo inclusive câmaras fotográficas que gravam e câmaras filmadoras que fotografa.
Isso sem contar as webcams, dispositivos que, ligados a algum tipo de processador (como computadores pessoais), conseguem fazer a captura de imagens como uma câmara de vídeo e transmiti-la via Internet, como já fazem com streams e lives.
Como parte dessa evolução tecnológica, é importante notar o advento das microcâmeras. Essas pequenas engenhocas, como as GoPro, utilizadas como câmeras escondidas, são empregadas em situações como espionagem, matérias de jornalismo investigativo e, também, flagrantes usados em quadros de humor de programas de auditório.
Eventualmente, os celulares de hoje em dia serão capazes de realizar gravações surreais dignas de cinema, assim como já vimos nos modelos mais recentes do iPhone, o próximo iPhone 15 que será lançado pela Apple terá uma parceria com a Sony para promover uma câmera mais poderosa do que as atuais, em que a qualidade da imagem e áudio são capazes de captar momentos de modo claro e objetivo.
Curiosidade
A primeira filmagem feita data do ano de 1888, Roundhay Garden Scene é um curta-metragem britânico de dois segundos de duração, dirigido pelo inventor francês Louis Le Prince em 1888 considerado o primeiro filme da história ainda sobrevivente e reconhecido pelo Livro de Recordes do Guinness. Foi filmado em 14 de outubro de 1888, película foi capturada a 12 fotogramas por segundo, o curta completo tem 18 fotogramas em sequência para montar a cena
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